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Governo decide acabar com isenção de imposto nesse lugar! Vai ter que pagar

Você já deve ter ouvido falar da isenção de Imposto de Renda sobre certos investimentos, como a LCI, LCA e CRI, mas o governo brasileiro acaba de anunciar mudanças significativas que podem impactar diretamente o bolso dos investidores.

Em uma decisão que promete gerar polêmica, o governo anunciou que a isenção de impostos para esses produtos está com os dias contados, e a partir de 2026, os rendimentos desses papéis sofrerão a tributação de 5%.

A notícia foi divulgada em um esforço para corrigir distorções no sistema financeiro e ampliar a arrecadação do governo, mas, como isso afetará os investidores e quais os impactos dessa mudança?

A mudança de estratégia visa aumentar a arrecadação e, ao mesmo tempo, fazer com que o sistema tributário brasileiro seja mais equilibrado. Entretanto, muitos questionam se essa é a solução ideal.

O fato é que a decisão afetará diretamente milhões de investidores, especialmente os que possuem LCIs, LCAs, CRI, CRA e debêntures incentivadas, que eram até então isentos de imposto.

O aumento da alíquota não é apenas uma mudança nas regras do jogo, mas uma reconfiguração completa do cenário econômico e financeiro do país.

Se você tem investimentos nessas áreas ou está começando a pensar em aplicações financeiras, continue lendo para entender como a decisão do governo pode mudar o seu futuro financeiro.

Um novo "velho" imposto está de volta para a vida dos brasileiros? Entenda o que está acontecendo, especialmente para quem lida com investimentos.
Um novo “velho” imposto está de volta para a vida dos brasileiros? Entenda o que está acontecendo, especialmente para quem lida com investimentos – Foto: Jeane de Oliveira / Procred 360.

O que realmente mudou na tributação de imposto dos investimentos?

No domingo, 8 de junho de 2025, o governo federal confirmou que LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e debêntures incentivadas terão sua isenção de Imposto de Renda (IR) extinta a partir de 2026.

A medida visa corrigir distorções econômicas e ampliar a base de arrecadação do governo, com o objetivo de não aumentar outros impostos mais populares, como o IOF.

O governo, representado pelo Ministério da Fazenda, afirmou que a alíquota será de 5% sobre os rendimentos desses títulos.

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Essa mudança afeta diretamente os investidores conservadores, que antes se beneficiavam da isenção para alavancar seus rendimentos com menor carga tributária. Mas, com a tributação, será necessário reavaliar os investimentos e ajustar as estratégias de acordo com a nova realidade do mercado.

Quem são os principais afetados por essa mudança?

A medida afeta diretamente os investidores conservadores que preferem produtos como a LCI e a LCA, pois esses papéis foram historicamente populares pela combinação de segurança e isenção de impostos.

No entanto, com a introdução de uma alíquota de 5%, o cenário muda, e muitas pessoas podem precisar procurar alternativas para manter a rentabilidade de seus investimentos.

Além disso, o setor agropecuário será um dos mais impactados pela medida, já que LCAs e CRAs são fundamentais para a captação de recursos dentro do agronegócio. A nova tributação pode tornar o crédito rural mais caro, já que os bancos precisarão reavaliar a emissão desses papéis.

O que o governo espera com essa mudança?

Segundo o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a introdução da tributação visa criar um mercado mais equilibrado e corrigir uma distorção que favorecia os investimentos isentos em detrimento de outras aplicações com maior carga tributária, como títulos públicos.

Ao introduzir essa alíquota de 5%, o governo acredita que será possível aumentar a arrecadação sem precisar aumentar impostos sobre o consumo ou sobre a renda da população em geral. Dessa forma, a medida pode ser vista como uma alternativa à alta do IOF ou de outras taxas que impactam o cidadão diretamente.

Essa mudança tem um impacto relevante no sistema financeiro, pois modificará a dinâmica de captação de recursos por bancos e empresas que operam com esses produtos financeiros. A meta é trazer mais justiça fiscal e reduzir as desigualdades criadas pela isenção dos impostos sobre esses ativos.

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O que os investidores devem fazer agora?

Com a nova realidade tributária, os investidores de perfil conservador terão de se adaptar. Se você está com LCIs e LCAs ou qualquer outro título incentivado, é importante avaliar a viabilidade desses produtos a partir de 2026. A grande dúvida é: os rendimentos compensarão a nova carga tributária de 5%?

Aqui estão algumas alternativas que os investidores podem considerar:

  • Tesouro Direto: Uma opção segura e com menos impacto tributário.
  • CDBs e Fundos de Investimento: Certos CDBs e fundos de investimento podem se mostrar mais vantajosos, especialmente com a correção do valor real da rentabilidade.
  • Imóveis: Investir em imóveis pode ser uma alternativa segura, mas requer um estudo de mercado.
  • Ações e Fundos Imobiliários: Para quem está disposto a buscar mais rentabilidade, mas com risco controlado, ações e fundos imobiliários podem ser uma boa escolha.

O que vem a seguir?

O governo já deixou claro que a medida será regulamentada e que a medida provisória para implementar essa mudança será enviada ainda em 2025. O Congresso Nacional terá a oportunidade de analisar, ajustar e até mesmo modificar os termos dessa proposta.

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É importante ficar atento ao desenvolvimento desse cenário, pois as mudanças podem continuar, e até mesmo a alíquota de 5% pode ser revista. A proposta ainda precisa da aprovação do Congresso e poderá ser alterada por parlamentares que defendem uma abordagem diferente.

Portanto, para os investidores, o futuro próximo será decisivo e exigirá cautela ao tomar decisões financeiras.

Rodrigo Campos

Rodrigo é jornalista, formado desde 2012, especializado em Comunicação e Semiótica e atuou em grandes veículos de imprensa digital, Rádio e TV no interior de SP. Escreve e produz conteúdo com foco em mídias digitais desde 2019.

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